Não é difícil imaginar o cenário caótico de organizações ou empresas que precisaram atender requisições de informações complexas vindas de Orgãos Normativos em um curto espaço de tempo. Ou seja, muitas ainda nem tratam tais informações para que em caso de uma necessidade possam gerar com facilidade e segurança. Muitas das informações solicitadas pelo Orgãos dependem de cruzamento de informações de alto volume de dados. O risco do não cumprimento das solicitações é gigantesco.
Analisando o mercado nacional no que se refere as questões de Conformidade às leis e normais que regulam o ambiente corporativo, é possível identificar uma certa contradição. A LGPD e outras diretrizes legais despertaram as empresas, porém o grau de maturidade ligado às políticas e o uso de soluções ainda é “imaturo” ou podemos falar que é um nível ainda básico. O que acaba sendo um problema, porém sério, visto que a não conformidade pode gerar muitos problemas junto as leis e também aos risco de ataques externos.
Conformidade vai além da LGPD, mas visto que muitas ainda empresas não fizeram a devida implantação da Lei em seus ambientes, não podemos dizer que ela acelerou o processo de adequação, pois o grau de maturidade ainda é bastante baixo nas empresas nacionais. Quando a lei Anticorrupção foi aprovada em 2015, apenas 68% das empresa possuíam uma área de Compliance conforme aponta o anuário de Análise Executivos Jurídicos e Financeiros. Após 5 anos o relatório informa que esse numero aponta os 80%. Desta forma 21 milhões de empresas ativas formalmente no Brasil, as de porte grande já estão buscando concluir tudo que é exigido para a adequação dentro dos processos fiscalizatórios e de auditoria quanto a LGPD. Por outro lado chegamos as empresas de porte menor que são 50% desse total e que não sendo novidade, sofrem com o desconhecimento e bastante falta de informação. Na sua grande maioria sequer sabe que a organização é afetada pela lei e podem sofrer severas penalidade e inclusive aquelas que doem bastante no bolso, apenas da LGPD já ser um assunto bem “exaurido” desde de 2018 e estar “viva” há dois anos.
Não dá para fugir, todos os negócios direta ou indiretamente tratam dados pessoas, seja organizacional ou da carteira negocial de clientes. Então é bem natural que existe uma demora na adequação a depender do tamanho da empresa, porém sabemos que culturalmente o brasileiro dente a negligenciar assuntos que são determinantes e que também por sua vez exige investimento na capacitação e infraestrutura de soluções e políticas a serem adotadas. Estes assunto não pode ser deixado de lado por falta de priorização.
O desafio existe não só no Brasil, mas no mundo quando se trata de conformidade quando se trata de segurança da informação, as ameaças diárias do temidos Ramsomware, assombram toda e qualquer organização ou empresa, e desafiam os gestores e ambientes conectados, seja em nuvem, múltiplas nuvens ou em infras locais. Tal “praga” que é a criptografia ou sequestro de informações com pedido de resgaste pode ser a “pá de terra” suficiente enterrar um ambiente um ambiente já fragilizado . E os criminosos sabem onde atacar e tomam vantagem de um momento de fragilidade, onde muitos ainda insistem em não se adequar a nova realidade da “Pandemia digital”.
A Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) que conta com medidas e regras para a coleta, armazenamento, tratamento e compartilhamento de dados pessoais já está em vigor! Se você é daqueles que só acredita vendo, pois é, a LGPD chegou. E se havia uma certa confusão sobre o que e como fazer, agora temos que correr contra o tempo para entender os nossos processos e adequá-los a Lei Geral de Proteção de Dados.
E como todos sabem, o não cumprimento da mesma deverá gerar pesadas penalidades, em adição à todos os danos que um vazamento de dados já poderia gerar.
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